quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Entrevista de Dante Lucchesi sobre a proposta de reforma ortográfica

Falamos no Dante ontem e acabo de receber mensagem dele, via GT de Sociolinguística, divulgando essa entrevista:

"Disponibilizo aqui a entrevista que concedi ao Blog da professora Thaís Nicoleti, da Folha de São Paulo. O mote da entrevista é uma proposta esdrúxula de reforma ortográfica que está  circulando na Comissão de Educação do Senado, mas aproveito para tratar de aspectos bem mais relevantes e interessantes da língua portuguesa e da linguagem humana. Considero a ocupação desse espaço muito importante dentro do nosso compromisso com o combate ao preconceito linguístico e com a promoção de uma visão mais realista e pluralista da língua na sociedade."

Entrevista de Dante Lucchesi - 21/10/14

Artigos sobre colocação pronominal e dialetação do português

Na aula de ontem, a propósito do funcionamento do sistema vocálico pretônico, fiz referência aos trabalhos das professoras Maria Eugênia Lamoglia Duarte e Silvia Rodrigues Vieira. Cá estão dois artigos:

1. Pagoto & Duarte - Gênero e norma: avós e netos, classes e clíticos no final do século XIX

Olhem o que me disse a Eugênia ao me enviar o texto: Este artigo, de 2005, "foi feito com base nas cartas dos avós Ottoni e Bárbara aos netos em fins do século XIX. O interessante é que a ordem da vovó Bárbara – dona de casa, classe média alta - é brasileira – e a do vovô, senador, culto, formado em Coimbra, é lusitaníssima... Dá bem para ver como o letrado muda de norma quando escreve. Ela chega a ter dados de clítico grafado junto do verbo - “melembro”."

2. Silvia Vieira - O parâmetro da cliticização e os pronomes átonos no português do Brasil e no português europeu

O título diz tudo, né? Justamente o que comentamos na aula.

Falamos também sobre dialetação no Brasil e em Portugal. Seguem alguns links:

1. Mapa e amostras de fala dos dialetos portugueses

2. Pagoto - Variedades do português no mundo e no Brasil

Ao ler este texto, atentem para o fato de que, hoje, já contamos com o Atlas Linguístico do Brasil, que representa um enorme avanço para a descrição alargada dos dialetos do Brasil.


Valeu, Vidal!

domingo, 5 de outubro de 2014

Luz ultravioleta revela as cores originais das estátuas da Grécia antiga

Uma técnica conhecida como “ranking light”, muito utilizada por estudiosos de arte para observar detalhes de pinturas e esculturas nos seus mínimos detalhes, também é capaz de revelar cores em peças que sofreram uma descoloração natural por conta da ação do tempo.

Foi por meio dessa técnica, que conta com apoio de luzes ultravioletas, que pesquisadores de arte constataram, recentemente, que as estátuas gregas antigas nem sempre foram brancas ou acinzentadas como se acreditava, mas pintadas com cores variadas e, em muitos casos, bem berrantes.

Para estudar as peças utilizando a técnica, os pesquisadores analisam cada detalhe da obra com a ajuda de lâmpadas ultravioletas de modo que o caminho da luz seja quase paralelo à superfície do objeto. Em pinturas, a técnica torna visíveis as pinceladas, assim como sujeiras e imperfeições. Já em estátuas, o efeito é mais sutil. A luz ultravioleta pode distinguir padrões de envelhecimento da superfície – e de suas cores originais. Ao longo do tempo, as tintas usadas pelo artista geram diferentes compostos orgânicos, que são evidenciados de formas diferentes pela luz.

Os pesquisadores conseguem descobrir a presença de diferentes pigmentos de cor em partes da estátua por meio dos padrões que se tornam visíveis. Superfícies que eram aparentemente uniformes revelam diferentes padrões de marcas, o que revela o uso de compostos diferentes (diferentes tintas) em sua composição. Alguns dos compostos orgânicos reagem à incidência da luz ficando, do mesmo modo, fluorescentes. Assim, os pesquisadores podem tentar descobrir que cor havia sido usada na criação da peça – ou da estátua, no caso do estudo.

A reconstituição visual das peças não é um trabalho fácil. A ação do tempo e do clima, durante milhares de anos, pode modificar bastante o aspecto de uma estátua. Para chegar o mais perto possível do original, os pesquisadores utilizam outro caminho. As cores originais podem esmaecer com o tempo, mas os materiais originais – pigmentos derivados de animais e plantas, pedras quebradas ou conchas – ainda têm a mesma aparência. Isso também pode ser visto pela técnica das luzes.



Utilizando infravermelho e espectroscopia de raios-X, os pesquisadores podem entender do que são feitas as tintas e, assim, descobrir qual era sua aparência original. A espectroscopia se baseia no fato de que os átomos são exigentes no que diz respeito ao tipo de energia que vão absorver. Certos materiais emitem uma grande variedade de larguras de onda, como unidades de reconhecimento militar em um território estranho. Inevitavelmente, algumas dessas unidades não voltam.

Ao verificar quais larguras de onda são absorvidas, os cientistas podem determinar de que materiais a substância é feita. O infravermelho ajuda a determinar os compostos orgânicos, já os raios-X só param quando encontram algo realmente pesado, como pedras ou minerais. Com isso, os pesquisadores podem determinar de que cor uma estátua milenar foi pintada. E a constatação, no caso das estátuas gregas antigas, é de que as cores são sempre berrantes.

Além de descobrir a cor original de peças com milhares de anos de idade, os pesquisadores utilizam a técnica pra saber se alguma obra de arte também passou por algum novo processo de pintura ou de recuperação – uma vez que os diferentes compostos se acumulam na superfície da peça ao longo do tempo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O que é de fato um doutorado

Muito bem ilustrado! Vejam aqui. Notem que há confusão no título: troca-se doutorado por pós-doutorado.

Pra matar mais curiosidades:

Sobre PHd




Artigo sobre a lateral posvocálica

Cá está o artigo ao qual eu me referi na aula. Dele constam dados do ALERS (Atlas Linguístico e Etnográfico da Região Sul) e do ALiB (Atlas Linguístico do Brasil).